terça-feira, 31 de maio de 2011

Uso da Internet pelos Idosos

Riscos e Vantagens

É necessário reinventar continuamente, seja qual for a idade. 

A revolução tecnológica e de informação tem levado as pessoas à maior participação na sociedade, mantendo-as ativos intelectual e fisicamente, por muito mais tempo. E quando falamos sobre revolução tecnológica pensamos já em usuários como os jovens. Porém, esquecemos que o idoso também é capaz de utilizar a rede eletrônica para buscar informações ou trocar idéias com outras
pessoas, de qualquer lugar do mundo.
 
A Internet possibilita, às pessoas, conquistar novos amigos, efetuar
compras, verificar o saldo bancário, fazer pesquisas de assuntos do interesse de
cada um, enfim, viajar pela rede. Alertamos também que na Internet existe o lado
negativo como, por exemplo, propagandas comerciais em excesso; vírus que são
anexados em e-mail; páginas que já foram retiradas, mas permanecem seus links;
demora em acessar determinadas páginas pelo excesso de imagem existente dentro
dela; falta de habilidade do internauta na busca de assunto; os “hackers” podem
detectar endereços eletrônicos e apagar as informações existentes em um
computador; falta de confiança e segurança nas compras on-line, entre outros. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A velhice e a tecnologia

Fátima Teixeira

A poucos dias precisei encaminhar uma proposta por escrito que deveria ser recebida o mais rápido possível. Como não dispunha de aparelho de fax me dirigi a uma papelaria próxima para executar a operação. Enquanto aguardava, puxei conversa com o balconista lamentando não dispor de tal comodidade em minha residência. 


O balconista minimizou minha queixa afirmando que, com a chegada do micro computador e o acesso à Internet, o aparelho de fax havia se tornado um objeto obsoleto. Projetou ainda, que num futuro próximo a papelaria, a biblioteca e outros serviços ligados ao setor serão desnecessários fazendo com que a sua própria profissão desapareça do mercado de trabalho. 

Disse que já está se preparando na busca de novos rumos profissionais, no intuito de permanecer inserido no mundo do trabalho.


Ele argumentava com muita naturalidade e aceitação sobre as mudanças que, segundo sua analise estão por acontecer, demonstrando estar preparado para enfrentar as adaptações exigidas e manter-se incluído no novo mercado.

A rápida conversa me fez refletir sobre a importância das pessoas, especialmente as mais velhas, desenvolverem a capacidade de entender e assimilar as constantes mudanças que vem ocorrendo na sociedade atual, resultado dos avanços da tecnologia e da informática, a fim de se inserirem no contexto social.

Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), de 1997, o total da população brasileira levantada em 109 mil domicílios de todo o país era de 156.128.023 habitantes. 


Destes, 79.688.353 eram mulheres, enquanto 76.439.645 eram homens. A população feminina com mais de 60 anos era de 7.420.388 pessoas e a de homens de 6.081.442. É exatamente esta a faixa etária que assistiu e vivenciou a grandes e interessantes transformações sociais decorrentes do progresso da ciência e da tecnologia.

Para os jovens as mudanças são sempre bem vindas, pois em geral , são mais abertos a novidades e aceitam o novo como possibilidade de realizarem outras escolhas, como bem demonstrou o balconista. Já as pessoas idosas, em geral, mostram-se mais resistentes, porque as situações desconhecidas causam-lhes inseguranças e ansiedades.

Os idosos que encontram-se hoje na faixa etária entre os 70 e 80 anos,
provavelmente utilizaram água de poço, cozinharam em fogão à lenha, e à noite iluminaram as conversas na sala com a luz do lampião, isso sem considerar as mudanças no campo das relações familiares e comportamentais que merecem uma análise mais aprofundada.

Essas pessoas acompanharam a rápida evolução do mundo moderno, se adaptaram e absorveram em seu cotidiano as facilidades oferecidas pela variedade dos aparelhos eletrodomésticos. Incorporaram também a escada rolante, o metrô como meio de transporte e os caixas eletrônicos. 

Este último ainda com algumas ressalvas, pois utilizar o cartão magnético e se comunicar com uma máquina que nem sempre responde às nossas perguntas ainda é motivo de angustia para muitos aposentados em dia de receber os benefícios previdenciários ou efetuar algum pagamento. Tenho observado que muitos idosos ainda fazem questão da autenticação mecânica e do carimbo do banco como forma de comprovação do pagamento efetuado. Essa atitude pode ser fruto da desconfiança, traço às vezes acentuado nessa fase da vida.

Parece que superado o impacto inicial natural provocado pelo novo, há um claro movimento de abertura para conhecer, aprender e usufruir dos modernos recursos disponíveis. Evidentemente as pessoas mais velhas necessitam de um tempo maior para se adaptarem. No entanto, a vontade de aprender, a disponibilidade e a valorização do conhecimento é muito grande ajudando-as a transporem seus próprios limites.

Muito recentemente, a velhice vem sendo objeto de atenção e cuidados por parte da sociedade e embora de maneira lenta, vem estabelecendo-se uma nova relação da nossa cultura com a velhice. O envelhecimento vem sendo entendido como uma etapa na qual é possível manter a continuidade de uma vida ativa, produtiva e independente.

Na área da informática, por exemplo, já encontramos vários cursos especialmente dirigidos à pessoas da terceira idade, indicando que o segmento idoso vem se constituindo em campo de investimentos e paralelamente ganhando visibilidade social.

O impacto que o avanço da tecnologia provoca nas pessoas e como ele se manifesta pode variar de acordo com o grau de necessidade de contato com os equipamentos, ou o interesse e curiosidade pessoal. No entanto, o idoso que já passou por tantas fases de transição e acompanhou a várias mudanças na sociedade adquiriu a experiência necessária para enfrentá-las com serenidade.

A sabedoria do idoso consiste em flexibilizar-se e usufruir de todo o benefício que o progresso possa lhe oferecer para manter-se participativo e atuante na sociedade.


Resta uma pergunta:

Como será o comportamento dos jovens atuais que se utilizam dos disquetes para arquivar informações, realizar trabalhos, guardar documentos, etc, ao envelhecerem?

Provavelmente não experimentarão o romantismo de possuir a "caixa de recordações", na qual estão guardadas as cartas, as fotografias e os objetos recebidos de pessoas queridas, todas juntas, colecionadas ao longo da vida.

A alteração na coloração, no perfume e outros sinais evidentes da passagem do tempo, concretizam e registram uma história de vida repleta de grandes e inesquecíveis emoções...


quinta-feira, 12 de maio de 2011

Fotos de idosos no computador!







Terceira Idade mostra que tecnologia não é exclusividade da juventude

Ana Carolina Rocha e Carla Saemi, repórteres iG em São Paulo - Ultimosegundo - 26/Fev/2002

O doutor Antonio Varela, 82, e sua esposa Maria Silvia, 78, navegando pela Internet:

"A gente tem que de atualizar em tudo. Quando eu era criança, o telefone era à manivela e hoje em dia eu carrego esse celular comigo (se referindo a um minúsculo aparelho que carrega no bolso da camisa)", conta o médico doutor Antonio Varela Junqueira de Almeida, 82, que acessa a Internet há, pelo menos, quatro anos.

O computador apareceu em sua rotina quando uma filha que mora no Rio de Janeiro deixou um PC em sua casa para facilitar a comunicação entre eles e para trabalhar, quando estivesse em São Paulo. Os netos foram responsáveis pelas aulas de informática e, atualmente, doutor Varela utiliza a máquina com tamanha desenvoltura que considera até mesmo o e-mail um canal de comunicação obsoleto.

"Converso com o meu neto e a esposa dele que vivem em Chicago, nos EUA, por meio desses serviços de Instant Messages (programa de mensagens instantâneas). Não preciso enviar e-mail a ele. Para mandar uma carta eu preciso postar, ir até o correio, saber se a quantidade de selo é suficiente Quando meu neto está conectado ao PC, recebo uma mensagem e posso conversar na mesma hora", diz. Além da comunicação com a família, doutor Varela e sua esposa Maria Silvia Junqueira de Almeida, 78, navegam por sites de notícias e museus, entre outros.

"Quando o computador chegou aqui, fiquei tão ansiosa que tive insônia durante a noite e decidi dar uma olhada na Internet. A primeira coisa que me deparei foi com um site sobre a Amazônia. Eles pediam para os internautas enviar um e-mail e eu mandei. Recebi a resposta e fiquei encantada", conta Maria Silvia que, assim como o doutor Varela, é "viciada" no jogo de cartas FreeCell. Mas o computador não serve apenas para o entretenimento na casa do doutor Varela, que exerce a medicina desde 1944. A rede mundial de computadores também é utilizada em suas pesquisas. "Há algum tempo, tive de desenvolver um trabalho e consultei uma bibliografia que havia sido atualizada naquele dia. Não poderia encontrar conteúdo mais atual que essa em lugar nenhum", comenta.

As novas tecnologias são ferramentas de trabalhos também para o contador, economista, administrador de empresas e advogado Arnaldo Bilton, 80. Há um ano ele começou a ter aulas de informática uma vez por semana e, hoje em dia, utiliza o computador na elaboração dos gráficos e estatísticos que faz em seu serviço de assessoria contábil. "Usar máquina de escrever e calculadora não dá mais".

Capacidade Total

Imaginar uma pessoa da terceira idade (acima de 65 anos) utilizando tecnologias pode ser estranho para alguns, mas os casos mencionados não são aberrações. De acordo com levantamento de janeiro de 2002 do Ibope eRatings, 1,5% dos 6,3 milhões de internautas domésticos brasileiros têm mais de 65 anos. Nos EUA, terra natal da Internet, a porcentagem é ainda maior. Os idosos totalizam 7,01% dos 80,8 milhões de usuários domésticos. No Brasil, porém, os internautas da terceira idade permanecem mais tempo conectados que os norte-americanos. Os brasileiros ficam, em média, cinco horas e 58 minutos por mês, contra três horas e 40 minutos dos americanos. Esse índice é superior ao registrado na faixa etária de dois a 11 anos, em que os usuários passam, em média, três horas e 26 minutos conectados ao mês. A única vantagem que aquele grupo possui é a agilidade na aquisição de novos conhecimentos.

De acordo com a professora doutora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, o cérebro humano saudável é capaz de absorver informações até morrer, mas, com o passar do tempo, ocorre um processo de lentificação no aprendizado. A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Tereza Bilton, diz também que "é claro que existem algumas limitações físicas como a visão e os movimentos. Porém, esses problemas são facilmente contornáveis. É só utilizar equipamentos mais adequados, como teclados e monitores maiores", explica. "Tenho muitos pacientes na faixa dos 80 anos que usam o computador e percebo que o aprendizado deles é sensacional. Essa atividade traz muitos benefícios às pessoas nessa idade, pois estimula o raciocínio, a percepção e a atenção, entre outros fatores".

O coordenador regional da área de geriatria da Associação Brasileira de Psiquiatria, Cássio Bottino concorda com Tereza. "Alguns estudos feitos nos EUA mostram que o envelhecimento dificulta a memória secundária, responsável por novos conhecimentos, mas essa dificuldade significa lentidão e não impossibilidade. Se houver estimulação e aplicação por parte do idoso, ele está apto a aprender informática, como para qualquer outra coisa", explica. "O uso do computador é aconselhável, pois desperta a atividade intelectual". A doutora Yeda, porém, observa que "existem alguns quadros patológicos que reduzem a capacidade de aprender. A depressão, por exemplo, reduz a concentração das pessoas e ela é muito comum entre idosos", explica. "Algumas situações sociais também podem diminuir o interesse de aprendizagem como o isolamento, a solidão, mas isso não é uma regra, há pessoas que vivem em asilos e continuam querendo aprender", diz a médica.

A prova disso é a curiosidade de Benjamin Cohen, 79, que vive há um ano e quatro meses no lar para idosos Golda Meir e participa há sete meses de aulas de tecnologia, ministradas por estudantes do segundo grau, voluntários do projeto "Aprendiz". "Isso é fabuloso", diz Cohen sobre o game que permite matar virtualmente o terrorista Osama bin Laden, que recebeu por e-mail. Ele é acompanhado todo o tempo pelas estudantes Cecília Silva Coelho e Carolina de Castilho. "Eles aprendem rapidamente e, muitas vezes, basta ficar do lado observando para dar segurança", diz Carolina.

Efeito colateral

Eva Dammann, 79, que visita o lar Golda Meir periodicamente para participar das aulas, brinca dizendo que "brigou a tarde toda com o computador". Acompanhada pela monitora Juliana Rodrigues, ela navega por sites de notícias de Israel, Alemanha e EUA, checa e-mails, e mostra que a "luta" não passa de modéstia. Em sua casa, o computador chegou há dois anos, trazido pelo filho que queria deixar os pais mais atualizados. 

"Meu marido freqüentou o curso por dois anos, mas não gostou e agora tem aversão à tecnologia. Ele escreve cartas somente em nossa (máquina de escrever) Hemington e manda pelo correio".

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Inclusão Digital da Terceira Idade no Centro Universitário Feevale

Este artigo apresenta o perfil das pessoas da Terceira Idade que freqüentam o projeto Inclusão Digital na Terceira Idade do Centro Universitário FEEVALE. Tendo em vista a crescente procura pelos idosos por cursos de informática, realizou-se uma pesquisa do tipo survey visando traçar o perfil deste público que frequenta os cursos de informática do projeto de extensão de Terceira Idade na FEEVALE. Um dos aspectos destacados na pesquisa é que a procura desses cursos surge pela necessidade da pessoa idosa se sentir ativa e atualizada para acompanhar o estilo de vida da familia e sociedade e sentir-se incluído em todas as situações cotidianas da vida moderna.

Acesse o projeto completo aqui: http://ceie-sbc.educacao.ws/pub/index.php/sbie/article/view/466/452

Inclusão digital na terceira idade

Datafolha entrevistou mais de 300 pessoas acima dos 60 anos na cidade de São Paulo para conhecer hábitos e opiniões em relação ao uso de computadores e da Internet. A pesquisa mostra que 45% dos entrevistados têm computador em casa, entretanto apenas 19% dizem utilizar o equipamento. Nesta pesquisa, fica claro o importante papel da inclusão digital na vida das pessoas, independente da idade. Quem tem contato com o mundo digital têm mais interesse em participar de novos cursos.
Quando indagados sobre o benefício da internet, 85% dos entrevistados consideram importante a rede, quando essa mesma pergunta foi feita para quem já a utiliza, 98% das pessoas acreditam que é um ganho para suas rotinas. Uma grande prova de que o passar dos anos não significa desinformação é que 77% dos entrevistados costumam acessar a rede para ler notícias e trocar e-mails.
Preocupados em aumentar o acesso dos idosos às novas tecnologias da informação, Governo e empresas privadas desenvolvem projetos nesta área. Um exemplo disso é a ONG Cidade Escola Aprendiz, que criou o programa OldNet para estimular a convivência entre jovens e idosos tendo o computador como instrumento de mediação. Voluntários de escolas públicas e particulares ensinam pessoas da terceira idade a utilizar o computador e a navegar na internet. Outra iniciativa muito valiosa da OldNet é o registro de memória, que realiza entrevistas com os idosos, coletando suas histórias, fatos e momentos vividos.

domingo, 8 de maio de 2011

Internet alivia solidão da terceira idade

Pessoas com mais de 50 anos, conhecidos como da terceira idade, ou mais recentemente, como da melhor idade, estão antenados na realidade virtual, aliás, segundo pesquisa do Ministério da Saúde sobre conhecimentos, atitudes e práticas da população brasileira 10,5% dos entrevistados encontraram parceiro sexual pela internet, dado que evidencia a crescente utilização da tecnologia pela terceira idade.

A internet funciona como um poderoso instrumento para afastar a solidão da terceira idade, pois pessoas mais velhas tendem a ficar mais isoladas seja com a saída dos filhos de casa, a morte do parceiro, divórcio ou mesmo doenças que restringem a mobilidade. Nesses casos, as redes sociais podem oferecer alguns dos benefícios de um grupo de amigos, ao mesmo tempo em que são algo mais fácil de manter.

Afinal, um dos maiores desafios da maior idade, não envolve necessariamente a saúde, mas sim como a rede social se deteriora. Isso acontece pois os amigos adoecem, os cônjuges morrem, os amigos morrem, ou nos mudamos. Segundo Joseph F. Coughlin, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o novo futuro da terceira idade envolve permanecer na sociedade, no ambiente de trabalho e estar bem conectado. “A tecnologia vai ser uma parte muito importante nisso, pois a nova realidade é, cada vez mais, uma realidade virtual. Ela oferece uma forma de fazer novas conexões, novos amigos e novos propósitos”, afirma.

Redes on-line podem representar para os mais velhos “um lugar onde eles se sintam fortes, pois podem realizar essas conexões e conversar com as pessoas, sem ter que usar um amigo ou membro da família para mais uma coisa”, disse Antonina Bambina, socióloga da University of Southern Indiana.

Redes sociais on-line realizam uma propensão antiga que todos nós temos de nos conectar com outros, propensão que pode ser antiga, mas a forma de fazê-lo, não. Para os mais velhos, aprender a se conectar não é um objetivo por si só, eles querem um veículo para encontrar novas pessoas e compartilhar a vida, eles querem ser estimulados. Se algumas pesquisas sugerem que a solidão pode piorar a demência, talvez as conexões online possam ajudar a retardá-la, da mesma forma que as redes tradicionais.

A falta de convivência social não só nos deixa infelizes, mas também é ruim para a saúde física e mental. Um senso de rejeição aumenta a pressão sanguínea, o nível de stress, além de causar cansaço, insônia e aumentar as chances de doenças demenciais. Há também uma redução da energia e da perseverança, afetando a capacidade da pessoa de manter uma vida saudável, pois o sujeito deixa de prestar atenção à alimentação, a higiene e mesmo a medicação. O problema do isolamento social tende a crescer à medida que os moldes tradicionais da família vem sendo substituídos por um outro estilo de vida, onde as pessoas estão vivendo mais e tendo menos filhos. Tendo a rejeição um efeito terrível sobre qualquer um de nós, afinal somos uma espécie social, a tecnologia fornece um senso de pertencimento social.

No Brasil mais de 120 mil pessoas participam do maior portal brasileiro criado para o público que mais cresce na internet - a Rede de Amigos Mais de 50(www.maisde50.com.br  e www.maisde50.uol.com.br ), cujo objetivo é promover a troca de experiências e a aproximação dos internautas. Lá eles encontram ainda informações sobre saúde, bem-estar, qualidade de vida, medicina e outros temas que colaboram para uma vida duradoura e ativa.

Todos os leitores do site têm espaço garantido para postar informações, trocar idéias, conquistar novos amigos e contar suas histórias. Os serviços foram especialmente criados para quem já passou dos 50 anos e usa a internet como forma de ampliar os relacionamentos. Mas a troca e o diálogo entre os que navegam não são apenas digitais. O Maisde50 promove encontros entre esta turma que tem a oportunidade de consolidar os contatos feitos no ambiente virtual.

Pesquisas revelam que 3ª idade chegou à internet e convívio muda cotidiano

Estudo registra aumento de 20% das pessoas acima de 50 anos usando a internet, enquanto em 2008, apenas 350 mil idosos tinham acesso à rede com uma média mensal de permanência plugada de 32h40

A internet comercial está no Brasil há 15 anos, mas ainda é uma revolução em andamento, modificando relacionamentos e alterando hábitos de consumo e comportamento. Além da geração Y, os últimos estudos revelam que a internet também chegou com força à outra geração: a 3ª idade. As pessoas nessa faixa etária estão reinventando a maneira de interagir com o mundo, mostrando que a internet também pode ser uma grande aliada dessa geração.

Os idosos brasileiros estão em pleno processo de descoberta dessa nova forma de comunicação, o que requer atenção do mercado para estimular o uso desta ferramenta e investir em estratégias de relacionamento. Conforme estudo realizado pela GfK no Brasil, 88% dos idosos possuem renda própria e representam 17% do poder de compra. “Atualmente, a 3ª idade já apresenta sua parcela de contribuição em mídias sociais e nos índices de vendas em turismo, saúde e beleza, indústria da tecnologia e comércio eletrônico”, diz o diretor comercial e de marketing da Web Consult, Leonardo Bortoletto, especialista em negócios e soluções digitais. Essa mudança também é confirmada por pesquisa divulgada pela GFK, realizada na Alemanha, que avaliou o potencial de compra desse público. O resultado revelou que cerca de 40% dos entrevistados, entre 50 e 69 anos, clicaram para alugar carros, comprar computadores, medicamentos e suplementos alimentares, nos últimos 12 meses.

De acordo o IBOPE, no ano passado houve um aumento em 20% do número de pessoas acima de 50 anos usando a Internet no Brasil. Ainda segundo este instituto, em 2008, apenas 350 mil idosos tinham acesso à internet e uma das possíveis explicações é a pouca familiaridade que essa faixa etária tem com os computadores. A expectativa é que até 2020, essas pessoas representem 18 milhões de consumidores. Uma pesquisa do Ibope NetRatings confirma que esse grupo foi o que mais cresceu em número (num total de 17%), nos meses de fevereiro e março deste ano.

“Segundo dados de um estudo realizado pelo SESC e pela Fundação Perseu Abramo, atualmente, a 3ª idade virtual define novos hábitos e interfere diretamente, inclusive, no consumo. A média mensal de permanência plugada desse público chega a 32h40, se conectando, em geral, pela manhã de suas residências, entre 7h e 10h, usando a web mais como uma ferramenta de comunicação e busca de informações”, conta Bortoletto. 

Outra contribuição da internet diz respeito à socialização da 3ª idade. Entre os que começaram a usar a internet no ano passado, o número de visitantes em redes sociais cresceu quase duas vezes mais rápido que o índice geral de crescimento do uso de internet nessa faixa etária, de acordo com dados do grupo de medição de audiência comScore.

O estudo do envelhecimento acompanha esse fenômeno para determinar se o uso dessas redes sociais pode oferecer alguns benefícios comuns a um grupo de amigos reais, mas de maneira mais fácil de ser organizada e mantida. Segundo pesquisa da AARP – Associação Americana de Aposentados, cerca de um terço das pessoas com idade acima de 75 anos vive sozinha. Dessa forma, as redes sociais acabam por se tornarem um meio para reduzir a solidão. Atualmente, existem mídias sociais específicas para esse público como o Eons (www.eons.com) e o Mais de 50 (www.maisde50.com.br) com cerca de 150 mil cadastrados, sendo 70% do sexo feminino.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Idosos navegam cada vez mais na internet


As terceira idade foi o grupo etário com maior crescimento na utilização da internet em 2008. Tema está a ser debatido, em Madrid, no Congresso Internacional da Web.
A terceira idade, com destaque para as pessoas com 70 anos ou mais, é o grupo etário com maior crescimento na utilização da internet. Quem o diz são especialistas presentes no 18.º Congresso Internacional da World Wide Web, certame que se propõe a discutir questões técnicas e cenários de futuro.
Segundo estudos norte-americanos, quase metade dos idosos entre os 70 e os 75 anos usaram a internet de forma regular no último ano, cerca do dobro do valor registado em 2007. Os especialistas defendem, contudo, que há uma discrepância entre o interesse dos cidadãos séniores pela internet e a atenção que lhes é dada no contexto da utilização de novas tecnologias.
A questão assume especial importância nos países europeus face à evolução demográfica da população, ou seja, o envelhecimento demográfico irá traduzir-se num aumento do número de idosos que utilizam a internet. Esta situação cria desafios novos que, e ainda segundo especialistas presentes em Madrid, precisam de ser abordados.
Ana Veloso, professora auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro (UA), considera "haver um défice de produtos próprios para esta faixa etária". Ou seja, "conteúdos com pouca ou nenhuma preocupação com as limitações físicas e de literacia dos cidadãos séniores", exemplifica a docente ao JPN.
Co-autora de um projecto na área das novas tecnologias na terceira idade - "é uma espécie de rede social" - , a especialista critica o afastamento da internet em relação aos idosos. "A web foi-se desenvolvendo num paradigma muito minimal e esqueceu-se de quem gostaria de entrar mas não tem ajuda ou tempo de habituação", diz Ana Veloso.
A investigadora da UA argumenta também que é preciso "ter em conta os conteúdos" para ajudar os idosos a "quebrar a solidão via comunicação mediada pela tecnologia". "As pessoas precisam de ter alguém", conclui.
Idosos utilizam internet "para contactar amigos e familiares"
Em Portugal, começam a surgir gradualmente algumas iniciativas que procuram fazer a ponte entre a terceira idade e as novas tecnologias. É o caso da Universidade Sénior Contemporânea (USC), um projecto que abriu, há dois anos, uma turma de informática, para fornecer bases, e uma segunda de internet, para alunos mais avançados.
"A procura foi imensa, hoje temos 111 alunos", assegura Artur Filipe dos Santos, um dos fundadores da USC. A utilização que os alunos séniores fazem é, sobretudo, "para contactar amigos e familiares" e muitas vezes são "os filhos dos alunos a motivar os pais para se manterem actualizados".
Um site dirigido ao público sénior, blogues, um canal de televisão online (projecto único na Europa) e um serviço de podcasting são alguns dos projectos desenvolvidos pela USC na área das novas tecnologias concebidas para a terceira idade Artur Filipe dos Santos defende que estas plataformas servem "para divulgar o que se faz de melhor e para motivar os alunos para as novas tecnologias" para que "nunca virem costas ao conhecimento".

Nosso Projeto!


Em um mundo onde a tecnologia domina nossas vidas, somos obrigados a acompanha-los para não perdê-la de vista, pois a cada segundo ela se atualiza e se torna mais dinâmica. 

O mundo está ficando mais velho, há países como Alemanha e Itália, onde a população já parou de crescer, com isso temos novos desafios com está nova "classe" da população e temos que guia-la para que sigam o ritmo  desenfreado que vivemos.


No Brasil cada vez mais sobe o número de idosos, segundo o IBGE eles representam 8,65 de toda a população brasileira, cerca de 15 milhões, mas mais da metade não tem acesso a internet ou não sabe como usá-la. Assim muitos ficam de fora do novo mundo de tecnologia que surge, e passam a ser excluídos na sociedade e também acabam sendo vitimas de preconceito. A cada dia o número de idosos aumenta e a internet também vai se modernizando. A inclusão dessas pessoas permite se atualizar-se com a disponibilidade de ver noticias no mundo todo, aprender novos meios de comunicação e também se relacionarem com outras pessoas. 


Este ano, nosso grupo está composto por Mauro, Suzan e Weslei. Temos a missão de ensinar aos mais velhos pertencentes a 3ª idade a utilizar a internet e aprender com ela em como se comunicar, se atualizar e dispor de novos meios de lazer.